domingo, 1 de maio de 2011

Dois anos.

 Daqui três dias faz dois anos que você partiu e a minha ficha não caiu ainda. Sabe aquela velha história de que parece que a pessoa está viajando, e que logo ela voltará? Então, eu ainda penso assim. Pode ser que assim seja melhor, mas não deixa de ser ilusão. É difícil de aceitar, porque você ainda teria uma vida toda pela frente.
 Nesses dois anos, só fui duas vezes no cemitério. Uma no dia do enterro, a segunda há um tempinho atrás. Não gosto de cemitérios, acho uma coisa muito simbólica. Prefiro fazer minha homenagem com palavras e pra lembrar de você, eu posso lembrar em qualquer lugar.
 Eu jurei que não iria chorar e cumpri com o meu juramento. É claro que, quando a saudade não cabe no coração, ela escorre pelos olhos, mas faço de tudo para que isso não aconteça com muita frequência. Você não gostaria de me ver chorando e você não verá. Simples.
 Já que você não conseguiu realizar seus sonhos, eu realizarei os meus e deixarei você orgulhosa, onde estiver. Eu sei que você tá me olhando e me protegendo. Sei que há dois anos perdi uma prima, mas ganhei um anjo da guarda. E eu juro que não lhe darei desgosto.

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