domingo, 26 de dezembro de 2010

Tenho dias lindos, mesmo quietinhos...

Continuo a pensar que quando tudo parece sem saída, sempre se pode cantar. Por essa razão escrevo. Mudei muito, e não preciso que acreditem na minha mudança para que eu tenha mudado. No meu demente exercício para pisar no real, finjo que não fantasio. E fantasio, fantasio... Fico vivendo uma vida toda pra dentro, lendo, escrevendo, ouvindo música o tempo todo. Tão estranho carregar uma vida inteira no corpo, e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros. Tive vontade de sentar na calçada da rua augusta e chorar, mas preferi entrar numa livraria, comprar um caderno lindo e anotar sonhos. Caio Fernando de Abreu

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